Subterrâneo mais profundo,
Onde vive muita gente,
Todos jogados no fundo,
Como animal que não sente.
Onde vive muita gente,
Todos jogados no fundo,
Como animal que não sente.
Passados são muitos anos,
Mas o homem ainda é igual,
Quando faz todos seus planos,
Se volta sempre pro mau.
Vivem juntos ali embaixo,
Com geradores de gravidade,
Que os sugam para baixo,
Lhes dão peso de verdade.
Máquinas ali tem inúmeras:
Fabricadoras de oxigênio;
De controlar temperaturas;
E outras mais, de halogênio...
Que os sugam para baixo,
Lhes dão peso de verdade.
Máquinas ali tem inúmeras:
Fabricadoras de oxigênio;
De controlar temperaturas;
E outras mais, de halogênio...
Já num nível mais acima,
Porém ainda subterrâneo,
Vive o rico, é outro clima,
Mas ainda é conterrâneo.
Acima tudo é mais limpo,
Muito mais iluminado.
Lá debaixo é só garimpo,
De todo minério dourado.
E então, com saudosa estima,
Os de cima tem mais vida,
Podem ter outro trabalho,
Bem diferente é sua lida,
Mais suave, sem embaralho.
Os debaixo o que conseguem,
Trocam por pouca comida,
Passam fome, sede, e seguem,
Sentindo a alma oprimida.
Tudo o que querem é subir,
Morar um nível mais alto.
Porque do mais profundo sair,
Já seria um grande salto.
Morar no nível intermediário,
Talvez, quem sabe, até trabalhar,
Nos domos de cultivo agrário,
Do almejado solo iluminado lunar...
E então, com saudosa estima,
De lá da superfície da lua,
Poder ver ao olhar para cima:
No espaço a terra! Flutua...
Autoria de Nick - Abril de 1996
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