Mar calmo ao longe flutua o veleiro
Brisa leve sopra e o leva ao Brasil,
No convés há um bom marinheiro
Preso como todos nesse plano vil.
Decidiram juntos viajar para África
E riquezas daquela terra trazerem,
Pois seria coisa muito fácil, prática,
Pegar negros e além-mar venderem.
No porão do navio vem amarrados,
Seres humanos pra comercializar.
O capitão e os marujos engajados,
No negócio de escravos transportar.
Prisioneiros olham pelas escotilhas,
Noite clara lua branca como marfim,
Para trás ficaram esposas e filhas,
Sua vida agora está mesmo é ruim.
Liberdade para com eles ficou omissa.
A tripulação pouco está a se importar,
Irão mandar depois rezar uma missa,
Quando chegar ao Brasil vão festejar.
Gratos a Deus, Jesus, Espírito Santo,
Pela boa caça e riqueza que ganharem,
Com a venda dos escravos, é bom tanto
De dinheiro pra entre eles separarem.
Segue a caravela pelo mar indomável,
Céu de lua pálida, a tristeza a aflorar...
Mar imenso, salgada água interminável:
São as lágrimas do povo negro a chorar!
Autoria de Nick para participação
organizado pela Profª Lourdes Duarte, do
excelente blog Filosofando na Vida
Se gostou, leia também as nossas outras participações no Poetizando e Encantado, é só clicar na imagem abaixo!
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