quarta-feira, 16 de maio de 2018

O Planeta perdido:


Tudo já estava sendo preparado,
Para os homens partir em missão,
Mas Brag, era um dos convocados,
Que dormiu fazendo a reparação,

De seu corpo, que no sono descansa.
E Brag estava bem tranquilo deitado:
Espaço, a confins da terra destransa,
Ele se viu bem longe arremessado!

Por muitas estrelas o jovem passou,
Onde planetas longínquos vagavam.
Pra muito longe sua alma viajou,
Era desértico lá, pessoas flutuavam;

Invisível, seguindo o chefe de polícia,
Foi Brag, descobrindo uma conspiração,
Quando o homem ao filho deu a notícia:
Que o planeta sumiria em grande explosão

Tudo profetizado, a missiva em molambos,
Numa carta escondida pelo avô na escultura,
Correspondência vinda do ancestral de ambos,
Que alertava do grave perigo, na vida futura.

Mas então, para imensa surpresa,
Brag invisível leu a carta, ali ao lado,
A caligrafia da escrita era com firmeza,
Assinada por ele próprio no passado;

Brag a Luzon já havia instruído,
Já deixara os descendente avisado,
O planeta logo seria destruído,
Em supernova ia ser transformado,

Por ordens soberanas de Zyx,
Um planeta no espaço abissal,
Para Luzon não haveria remix.
Ser eliminado era a ordem final.


O corpo de Brag na terra ficou,
O pastor da igreja saiu procurando,
O corpo de Brag dormindo encontrou,
E num atentado já o ia matando;

Quando seus amigos chegaram
Ao pastor impediram o assassínio
Ao corpo de Brag a vida salvaram.
E o pastor justificou com tirocínio:

Um anjo do Senhor apareceu!
E movido assim pelo fascínio
Que o anjo sobre ele exerceu,
O pastor já sem bom escrutínio,

As ordens do anjo ele obedeceu
Foi matar o biólogo, pelo vaticínio,
Mas isso naquela hora não se deu,
Os amigos impediram o extermínio.

No dia seguinte num bar celebrando,
Uma mulher ali veio e se apresentou,
Brag deixou o amigo Tom festejando,
Com a mulher, para a casa dela, andou;

Mas no meio do caminho que estranho,
A mulher que andava ao espaço flutuou,
Ele sozinho foi para um abismo tamanho,
Só não caiu porque Tom seguia e o salvou.


Alguns dias passados e a nave,
Expedicionária da terra zarpou,
Foram os astronautas sem entrave,
E nenhum deles para trás ficou.

Vaga a nave pelo espaço profundo,
O biólogo muito ao céu perscrutava,
E acabou por descobrir, cogitabundo,
Que ali, já pela segunda vez passava...

Quando a um planeta, chegando,
Brag logo ao lugar reconheceu,
Já estivera seu fantasma vagando,
Ali, no futuro, onde a carta ele leu.

Um dia a expedição foi embora,
Mas Brag em Luzon permaneceu,
Algum tempo e se casou sem demora,
Mais um tempo e uma carta escreveu;

Deixou dentro de uma escultura,
Destinada aos seus descendente,
Explicava bem, com desenvoltura,
Plano sinistro, destruição iminente.

Anos depois seu neto Zimon era o pivô,
O filho Macon instruiu seu neto a seguir,
Todos os conselhos da carta de Brag o avô,
Para a destruição total tentar impedir.

E vivia também um cientista em Luzon,
Que descobriu a grande conspiração,
Pra destruir seu planeta, e Jomon,
Decidiu que a isso não daria permissão


Viajou ao passado em uma máquina
Do tempo, por ele mesmo inventada
E ao planeta terra ele foi, e, traquina,
Deixou sua aparência bem modificada,

Então a um religioso fanático apareceu,
Dizendo ser um bom anjo do senhor,
Que do céu à terra e ao pastor desceu,
Querendo um sacrifício, um fiel executor;

O pastor muito cegamente logo obedeceu,
Mas não teve sucesso seguindo essa cartilha.
Jomon então como mulher atraente apareceu
No bar, e levou o biólogo até outra armadilha,

Matá-lo num abismo, planejou o Jomon,
Depois disso já não poderia mais continuar,
O biólogo foi salvo pelo seu bom amigo Tom,
E urgente a seu tempo Jomon teve que voltar.

Voltando então ao seu tempo e planeta,
Ele viu Macon, o chefe de polícia, amarrado,
Apertar um botão ia, mascarada silhueta,
E o chefe de polícia gritou desesperado:

Olhando diretamente no rosto do cientista
Zimon meu filho, atire já nesse homem!
Jomon se lembrou nessa hora imediatista
Que entre ele e Zimon as diferenças somem,

São poucas, são sósias, o cientista e Zimon...
E Zimon há muito era o agente contatado,
Pelo povo de Zyx, da constelação de Palêmon,
Que o fim de Luzon tinha bem orquestrado.

Pois grande parte da galáxia vivia na escuridão,
Necessário era criar um novo sol, supernova,
Pra brilhar na bela, grande, vasta imensidão,
E trazer a muitos outros planetas vida nova;

Brag nunca soube que seu neto seria,
O agente artífice de todo o grande mal
Nem Macon que muito e muito lutou
Contra o mascarado, mas perdeu no final

O cientista atirou pra tentar impedir,
Seu sósia traidor de explodir o planeta,
Mas no espaço hoje há um novo sol a luzir,
Onde era Luzon. Há essa história secreta.



Autoria de Nick como exercício de versificação de prosa, resumo curto do livro “O Planeta Perdido” de autoria de Luiz Armando Braga, publicado pelo Clube do Livro, São Paulo, Brasil, em 1968.

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