Vivia no Canjarana,
Em sua vida tristonho,
Para sangue: um "pé-de-cana"
Bebeu o sangue todinho
Que tinha no Canjarana.
E depois ficou tristinho:
A vida já não era bacana.
Pra matar a sua fome
Se mudou pra Barra Azul,
Ali o sangue consome
Também ele, de norte a sul.
Seu reinado de terror
Foi então que ali ele fez
Espalhando assim o pavor
Tanto a um, a dois e a três,...
Mas um dia que surpresa
Os seus sobrinhos chegaram,
Filhos da mana Carmen, beleza,
Na Barra Azul se fixaram!
E prometeram ao povo
Nós vamos matar o vampiro
Tudo vai ser como novo
Guido e Gustavo, seus nomes,
Muito bons como caçadores.
Livravam o povo das fomes.
Livravam o povo das dores.
Então na curva da estrada
O seu plano prepararam,
Armaram uma emboscada,
E ao vampiro esperaram
Galo canta fora de hora
Rasga-mortalha pia
Noite tenebrosa agora
Credo-em-Cruz Virgem Maria!
Quando o vampiro chegou
Em um buraco caiu
Ali dentro se afogou
Com águas-benta de um rio.
Os caçadores pegaram
O vampiro pela gola
Uma estaca lhe cravaram
E fizeram a degola...
O seu corpo esquartejaram,
E separaram. Sangue caiu,
A cada parte que queimaram
Jogaram as cinzas noutro rio.
Para a água purificar
E aquelas cinzas levar
Todas lentamente ao mar
Pra nunca mais se juntar.
Os meninos nos livraram
Do vampiro da Barra Azul
Com o povo festejaram
Era dia de alegria. Uhul!
Mas uma poça de sangue
Do vampiro ficou ao chão
Já escorria pro mangue
Mas foi sentida pelo cão.
De estimação do vampiro
Que se dirigiu pra lá
Viu o sangue e num suspiro,
Bebeu tudo até engasgá
Depois do sangue bebido
Terrível mutação sofreu
As presas cresceram, e é sabido,
Que em cão-vampiro se converteu.
Autoria de Nick - Janeiro de 2001
Lampiros = Pirilampos
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