"Per intercessionem S. Blasii liberet te Deus a malogutteris et a quovis alio malo" ("Que Deus pela intercessão de S. Brás te liberte dos males da garganta e de qualquer outra aflição")
Séculos III e IV, época santa
Quando viveu santo poderoso
Que uma espinha da garganta
Tirou de um menino choroso
Salvou essa vida com amor
Esses males ele espanta
É padroeiro e santo curador
Das doenças da garganta
Em Sebaste era ele um médico
Antes que bispo logo se tornasse
Até que com perseguição, fatídico
Escondido em uma gruta ficasse
Mesmo escondido o poder reluz
Curou até os animais da floresta
Sempre na bênção da santa cruz
E os bichinhos lhe faziam festa
Torturado com uma escova
De aço dessas de cardar lãs
Depois ele foi decapitado
Entre tantas mortes vãs
São Brás subiu aos céus
Mas sua cura se espalhou
Por todas terras da Europa
Muita gente por ele clamou
E dos médicos da língua
Ele é o santo padroeiro
Intercede, doença míngua
Tudo sara bem ligeiro
De um bispo é sua imagem
Capa vermelha sobre a túnica
Sangue da vida sua roupagem
Como a dos mártires de fé única
Quando a quaresma chegava
Mamãe sempre me levava
Na igreja o padre rezava
E a garganta abençoava
Com as duas velas do devoto
Colocando antes acima da cabeça
Depois no pescoço: "O mau ignoto
Saia! As velas em cruz obedeça!"
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